terça-feira, 1 de setembro de 2009

A SEPARAÇÃO - parte I

Meninas, aproveitei o fim de semana para escrever um conto. Eu realmente ia colocar no domingo mas minha internet não estava conectando e ontem cheguei muuuuuuito cansada do trabalho. Novamente o andar da carruagem foi longe e me deu duas ideias, uma delas evoluiu bastante e vou colocar aqui hoje. Só vou torturá-las um pouquinho porque vai estar em duas partes e com um pouco de drama na vida do nosso casal. Beijos Fazia tempo que eu e Gerry estávamos desejando ir ao parque. Eu estava feliz como uma criança por poder voltar a andar de patins. - Eu estou enferrujada, Gerry, você vai ter que ficar do meu lado. Não quero cair e pagar mico na frente de todo mundo. O trato foi que ele ficaria comigo até eu ganhar confiança e depois iríamos andar de bicicleta. - Esqueci o celular no carro. - Mas você vai me largar aqui sozinha? – protestei sentindo as pernas vacilarem sem o apoio do braço dele. - É só você não se mexer, eu volto logo. Segura aqui – ele me levou até uma árvore próxima para eu me apoiar. Ele tinha razão, não havia motivo para apavoramento mas que papo é esse de não se mexer? Imagina como eu deveria estar ridícula dura como um pedaço de madeira? Um pedaço de madeira sobre patins. Mas na verdade eu mal pensava em respirar. O trecho onde estávamos era levemente inclinado mas para quem tinha medo de cair parecia um desfiladeiro. Por que afinal de contas eu decidi voltar a treinar logo ali? Por que não fiquei dando voltas no estacionamento do prédio como uma barata tonta? Minha atenção se voltou para dois lindos labradores que brincavam mais à frente. Enquanto eu sorria das travessuras dos cães um garoto de bicicleta passou muito perto de mim e acertou meu braço com o guidão. - Ai! O solavanco não só me machucara como me tirara do meu apoio e antes que eu pudesse impedir senti que os patins deslizavam sem que eu pudesse fazer nada. E na rua levemente inclinada comecei a deslizar rapidamente. - Socorro! As pessoas saíam rapidamente da frente e estava só esperando o momento de acertar com a cara no chão. De repente uma criança de bicicleta apareceu ziguezagueando na minha frente. Eu não conseguiria evitar a colisão. Tudo ocorreu muito rápido e ao mesmo tempo em câmera lenta. Um rapaz que fazia corrida percebeu toda a situação e rapidamente correu até mim. Ele se postou bem na minha frente. Senti meu corpo se chocando contra o dele e antes que eu caísse ele me segurou pela cintura. Meu coração batia acelerado por causa de todo o pavor e sem perceber eu apertava os braços do estranho com força. - Obrigada – disse com a voz fraca. - Você ia se machucar feio – ele respondeu sorrindo. Só então percebi os olhares curiosos das pessoas ao redor e me dei conta dos braços dele em volta da minha cintura. - Você pode me ajudar a encostar ali naquela árvore? – perguntei embaraçada com aquela situação. - Lógico. Ainda me segurando pela cintura ele me guiou. Mas mal acabei de falar e uma das rodinhas do patins ficou presa numa fenda no chão e ao puxar o pé ela não apenas se soltou como eu perdi o equilíbrio. Num gesto intuitivo me agarrei no rapaz mas como ele não esperava tal reação também se desequilibrou e ambos caímos no chão. A cena cômica terminou embaraçosa pois eu caí arreganhada em cima dele. - Ai, meu Deus, você se machucou? – perguntei não deixando de notar as mãos dele em minhas coxas. - Eu estou bem. Com muita vergonha tive que me apoiar no peito dele e rolar para o lado já que não podia levantar de vez. Ele também se ergueu e me ajudou a ficar de pé. - Você está bem? – ele perguntou. - Sim, acho que só ralei um pouco o joelho. Ele abaixou-se para ver. Tudo isso estava ficando embaraçoso demais. Ele também viu o patins que se quebrara. - Seus patins são muito velhos, é incrível que você não tenha se machucado antes. Ele continuava abaixado com meu pé apoiado em sua coxa. Aquilo tudo estava indo muito longe. Melhor agradecer a ele e pedir que me deixasse só antes que o Gerry voltasse. Mal concluíra meu pensamento quando Gerry apareceu do nosso lado. E estava de cara amarrada. - O que está acontecendo aqui? - Gerry, esse rapaz aqui me ajudou – expliquei sentindo o rosto pegar fogo como se tivesse sido pega fazendo algo errado. Eu sabia o motivo. - Não está acontecendo nada eu estava apenas ajudando, o patins dela quebrou – justificou o rapaz visivelmente embaraçado. - Ajudar você quer dizer ficar passando a mão nela? - O quê? - perguntei chocada. - Eu não estava passando a mão nela. - Gerry, que história é essa? – voltei a perguntar dessa vez sentindo irritação. - Eu vi você em cima dele e as mãos dele em suas coxas – ele respondeu lançando olhares acusadores para nós. - O patins dela quebrou e ela perdeu o equilíbrio por isso caiu em cima de mim – o rapaz explicou. - Gerry, o que diabos você pensou que estava acontecendo? – perguntei indignada com a suposição dele. Mas ele me ignorou. - Acho que você estava era se aproveitando da situação. - Gerry, você está sendo ridículo. - Escuta aqui, meu amigo, se você não gosta que encostem na sua mulher, não deveria deixar ela sozinha. Ela ia levar uma queda feia e eu ajudei. Ele virou-se para mim. - Desculpa, moça, pena que seu namorado é um idiota. Coloca uma placa no pescoço dele: “Cuidado: Cão Bravo!” – ele concluiu. Gerry fez menção de ir pra cima dele. - Chega, Gerry! O rapaz foi embora e só então eu percebi como havíamos chamado a atenção. Várias pessoas pararam para ver o espetáculo. Eu estava morrendo de vergonha. Encostei na árvore e comecei a tirar os patins. - O que você está fazendo? – ele perguntou. - Estou tirando os patins, não está vendo? Peguei os patins na mão e fui descalça em direção ao local onde o carro estava estacionado. Mantinha a cabeça erguida com o pouco de dignidade que me restava apesar do rosto estar pegando fogo por causa da vergonha. Eu sabia que ele estava vindo atrás de mim mas não olhei para trás. Parei ao lado do carro esperando ele abrir. Ele parou em frente a mim do outro lado. - Se você não abrir eu pego um táxi – se ele estava com raiva eu também estava e muito. - Posso saber com o que você vai pagar? – ele perguntou, mordaz. - Já que você já tirou sua própria conclusão a respeito do meu caráter, é com o que você está pensando – respondi desafiadora. - Não me provoca – ele rosnou entre os dentes. Eu não tinha medo dele. - Você começou. Ele destravou e entrou batendo a porta. No percurso para casa fiquei todo tempo olhando para a janela segurando as lágrimas que queimavam meus olhos. Mil coisas passavam pela minha cabeça. Nunca me senti tão decepcionada com ele. Ele duvidou do meu caráter, me humilhou na frente de estranhos. No apartamento fui direto para o banheiro e me tranquei lá e só então deixei as lágrimas caírem. Após vários minutos me recompus. Eu precisava tomar uma decisão sobre a minha vida. Fui para o quarto, ele não estava por perto. Peguei uma mochila e comecei a colocar algumas peças de roupa. Levaria o que desse, depois viria buscar o resto. Ele entrou. - O que você está fazendo? - Não dá pra adivinhar? – respondi sem parar de arrumar as coisas. - Você vai sair de casa por causa do que aconteceu? Eu adorava quando ele dizia a palavra casa. Fazia com que eu me sentisse parte da vida dele de verdade. Mas não hoje. - Pra mim já chega, Gerry, eu não agüento mais – e ao dizer isso eu não pude evitar as lágrimas.

10 comentários:

  1. Ai tricia pelo amor de deus não me deixa nessa aflição, essa continuação não vai demorar não né? rsrsrs, estou adorando essa briguinha porque sei que depois dela virá a reconciliação e ai sai de baixo né rssrsr , beijosss te adoro

    ResponderExcluir
  2. Já tem um tempo que tenho lido seu blog. Seus comentários são ótimos e engraçados. Tenho que admitir que estou viciada neste homem. Chega a dar medo. Se ligo o computador agora é pra procurar notícias sobre ele. Já me peguei pensando nele sem estar vendo coisas sobre ele. Não existe mais internet se não for para achar coisas sobre ele. Teve uma hora que pensei que estava ficando doida. Foi ai que achei seu blog. Sabia que não era a única a ter visto tanta beleza junta. Ah, mas quem tá ligando? Ele é bom demais. Me dá um frio na barriga quando olho para aqueles olhos incríveis. E aquela boca? Ai meu Deus! Ele é obseno de tão lindo! DEsculpe o desabafo. Não tenho ninguem pra conversar sobre isso. Todas as mulheres ao meu redor são umas cegas.
    Adorei seu conto. Espero poder ler a continuação. Você colocou em palavras o sonho da maioria das mulheres.

    ResponderExcluir
  3. Carel disse:
    Paty... metade curtinha...pelamordedeus, estamos esperando hein? Não deixe gerryanas desesperadas...Posta logo mulher...kkkk

    ResponderExcluir
  4. Olha vc que escreveu ai como anônimo, vou te dizer uma coisa vc foi contaminada por uma doença chamada GERARD BUTLER, devo te avisar que ela não tem cura até mesmo porque depois de contaminada ninguém quer mais se curar e de agora em diante so vai piorar esse homem toma conta das nossas vidas, internet so tem graça mesmo se for pra ver o gerry, pra falar sobre ele pra saber sobre ele, é um vicio sim mais é um vicio muuito bom, eu nem me importo mais com a zoação do pessoal do trabalho, por causa da foto dele na minha mesa, da foto dele uma diferente a cada dia como papel de parede no meu computador, e de passar o tempo todo nos blogs das meninas sobre o gerry, todos os dias religiosamente eu abro o da tricia leio e comento, ai vou no da Tânia, ai depois de la tem o atalho pro da Ly, pro da Paty, pro da Rose, pro da Rosane e pro gerrymaníacas, so depois de ler todos e comentar quando possível é que eu me sinto em paz pra fazer outras coisas tipo conversar com o pessoal, as vezes eu paro um pouco converso e volto so pro pessoal não achar que eu enlouqueci de vez e é claro que no intervalo de todo isso eu trabalho rsrsrs, mas quando chego no trabalho exatamente as 08:00 horas eu ligo o computador abro os programas do trabalho e abro os blogs, e quando o trabalho ta pesado eu fico enlouquecida porque so consigo ver os blogs depois das 12:00 sem contar as vezes que as meninas resolvem dar um chá de sumiço e demoram a postar algo novo sobre ele. Bom é isso, eu so falei tudo isso pra vc ver que com certeza não é a única, e que eu não me importo com o que os outros pensam porque o gerry me faz muito feliz e eu amo ele sim, e eu não sou louca tenho uma vida super normal so que o gerry faz parte dela e ele me faz muito bem, beijos e seja bem vinda a vida normal porque nos somos normais louco é quem não ama esse homem.

    ResponderExcluir
  5. Concordo totalmente com a 'anônimo' e com a Vanessa...
    Gerry é uma coisa muito boa mesmo na vida da gente!
    Um abraço da Macordovil ou simplesmente Má.

    ResponderExcluir
  6. Que alivio! Não estou só no mundo. Rsrsrs. Obrigada pelo apoio meninas.

    ResponderExcluir
  7. Boa Tarde!

    Tb.concordo com o anônimo e com a Vanessa,Gerry é viciante e não dá para parar.Me dá nos nervos quando param de postar sobre ele.Faço que nem todas estou todos os dias acessada,para ver as novidades sobre este Gerry.

    ResponderExcluir
  8. Trícia!!!!
    Posta mais,este cnto está ótimo.

    ResponderExcluir
  9. Pois é, queremos essa continuação rsrsrsrs bjsss

    ResponderExcluir
  10. Outro sintoma de gerrymania que tive, além destes todos que vcs citaram, foi me pegar considerando seriamente a hipótese de arrancar o poster de Game da parede do cinema e sair correndo! Com o do PS Eu te amo foi a mesma coisa, cheguei a analisar a chance do rapaz da locadora me alcançar, rsrsrs...
    Claro que pedi os posteres, mas o rapazinho só deu uma risadinha meia boca, como se dissesse "vc é a milionésima primeira a pedir, pegue senha e entre na fila, querida"...
    Quer mais sintomas? Ele é o protetor de tela do meu celular, a voz dele cantando Music of the Night é o som do meu despertador, é mole ou quer mais? Amigas sofredoras de paixão arrasadora pelo Gerry, uni-vos!!!

    Tô ansiosa pra ver a continuação do conto, ainda não li a segunda parte...

    Bjocas, colegas de sofrimento e de sonhos,
    Adri.

    ResponderExcluir